domingo, 24 de abril de 2011

O verdadeiro significado da páscoa (Êxodo 12:1-14)

     Quando falamos de páscoa logo nos lembramos de coelhinho e ovos de chocolate.
     Alguns historiadores falam que a figura do coelho foi um símbolo para a páscoa usado pelos babilônicos, depois transportado para o Egito. Isso porque o coelho é uma imagem da fertilidade. Já os ovos, porque é um sinal de vida. No século XVIII a Igreja, decretou ser o ovo o símbolo oficial da ressurreição de Cristo. Desta forma milhares de ovos eram santificados (uma atitude pagã), e benzidos antes de serem distribuídos aos fiéis.

Mas será os ovos e coelhinhos o significado real da páscoa?
     Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de 400 anos de servidão no Egito, Deus levanta Moisés para ser o libertador de Israel. Deus manda dez pragas para afligir os egípcios e sua terra, mas a décima praga deixaria os egípcios sem escolha, a não ser liberar o povo de Israel.
     Deus mandou um anjo destruidor na terra do Egito para eliminar “todo primogênito, desde homens até animais” (vs.12).  
     Os israelitas viviam no Egito, e como escapar desta aflição? Deus deu uma ordem específica ao Seu povo que os livraria deste anjo destruidor:
  • O sacrifício de um cordeiro macho de 1 ano e sem defeito. Os israelitas deveriam passar sangue do cordeiro nas duas ombreiras e na verga da porta. Quando o anjo passasse não entraria na casa que tivesse esse sinal (vs.13).
     Este episódio nos relata a instituição da primeira páscoa, daí vem o termo Páscoa, do hb. “Pesah” que significa “passar por cima”, ou “poupar” (vs.5-11).
     Apartir daí os israelitas comemorariam a Páscoa toda a primavera, obedecendo à ordem Divina que aquela celebração era estatuto perpétuo (vs.14), para relembrar o Livramento que o Senhor os deu do Egito.

     Nesta historia vemos um cordeiro ser sacrificado para trazer livramento da morte, seu sangue aspergido para perdoar e purificar os pecados.
     A palavra de Deus nos mostra outro cordeiro que foi sacrificado, mas este sacrifício foi eterno e perfeito, não precisa de outro para nos trazer o perdão e a salvação (Hb.9:13-15).

O livramento do povo de Israel tipifica o propósito de Cristo para conosco. Vejamos:
1° Deus tirou os israelitas do Egito não porque eram merecedores, mas porque Ele Os amou. Assim é a salvação que recebemos de Cristo, vem através da Graça de Deus (Ef.2:8-10).

2° O sangue aspergido sobre as vergas da porta era para livrar da morte o filho primogênito de cada família. Prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz do calvário para nos livrar da morte e do pecado (Hb.9:22).

3° O cordeiro pascoal era um “sacrifício” a servir de substituto dos primogênitos (vs.27), isto figura a morte de Cristo no nosso lugar (Rm.3:23-26).

4° Os israelitas deveriam alimentar-se do cordeiro, para representar a identificação deles com o cordeiro morto (vs.8). Hoje a Ceia do Senhor é feita em substituição a festa da Páscoa, e em memória Dele (ICor.11:24).


Conclusão
     Entendemos que Cristo é a nossa Páscoa, essa data nos traz a memória quando O aceitamos como nosso eterno Senhor e Salvador. Vivamos para Aquele que se entregou na cruz para ser nosso cordeiro pascoal, e desfrutemos de uma vida abundante e eterna com Ele.

“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim com estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (ICor.5:7). 

Pr. Rodrigo Carraro da Silva

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